Sejam bem vindos!

Saúde e Bem Estar

Tratamentos personalizados

Bel Col, Adcos e Vita Derm

*Pré e pós operatorio de cirurgia plastica e outras

*Limpeza de Pele

*Tratamento de Acne

*Tratamentos faciais para rejuvenescimento e combate a flacidez

*Hidratação facial

*Drenagem linfática

*Tratamentos corporais de Redução de Medidas e Celulite

*Talasoterapia

*Estimulação Russa

*Hidratação Corporal

*Argiloterapia

*Massagem Relaxante com Pedras

*Aromoterapia

*Nutrição

*Dia da Noiva

Agora tambem Auriculoterapia e Depilação

Venha fazer sua avaliação gratuita!









http://marcelapagliuso-estetica.blogspot.com/





Orkut: Espaço Estético Marcela Pagliuso







Agende seu horario e ou avaliação pelo Telefone fixo

(035) 35210401 Passos/MG

domingo, 18 de abril de 2010

Corrente Russa no auxilio da tonificação muscular


A estimulação russa é um dos tratamentos mais requisitados nas clínicas de estética na atualidade.

Ela foi desenvolvida por cientistas russos, que precisavam de algum equipamento que trabalhasse com a musculatura dos astronautas para que não desenvolvessem atrofia no período em que estivessem viajando, já que não existe possibilidade de trabalhar com pesos, pela ausência de gravidade.

A Corrente Russa é uma forma de eletroterapia (terapia com impulsos elétricos), associada a movimentos musculares, desenvolvida pelo russo Yakov Kots nos anos 80.


A corrente elétrica utilizada é assimétrica, de baixa freqüência, baixa voltagem e pequena intensidade.

Por meio de um aparelho, eletrodos são acoplados na pele, uma corrente elétrica aplicada de forma terapêutica, vai exercer a função de enrijecer e tonificar a musculatura.


Seu trabalho vai proporcionar além de tonificação muscular e melhora na circulação sanguínea, trabalhando a celulite e gordura localizada e aumentando a força muscular, e aumento do metabolismo local, acontecendo tudo passivamente.

Indicações: Flacidez muscular, melhora do fluxo sanguíneo e sistema circulatório, redução de medidas.


Contra indicações: Cardiopatias congestivas, portadores de marca-passo, patologias circulatórias como flebites, embolias, tromboflebites, gestantes, hiper e hipotensos descompensados, processos infecciosos e inflamatórios, neoplasia, renais crônicos, patoogias pulmonares como efisema pulmonar, epilepsia, regiões com dermatites ou dermatoses e lesões musculares
.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Artigo cientifico 01 - Radicais livres

Radicais livres: conceitos, doenças relacionadas, sistema de defesa e estresse oxidativo
A.L.A. Ferreira, L.S. Matsubara



Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Botucatu, Botucatu, SP.

UNITERMOS: Radicais livres. Íons ferro. Lesões oxidativas. Estresse oxidativo. Defesa antioxidante.

KEY WORDS: Oxygen species. Ions iron. Oxidative damage. Pulmonary injury.
Nas últimas décadas, foram realizadas inúmeras pesquisas para esclarecer o papel dos radicais livres em processos fisiopatológicos como envelhecimento, câncer, aterosclerose, inflamação, etc. Ao abrirmos um periódico, com freqüência, encontramos temas relacionados a radicais livres, que, por seu caráter multidisciplinar, têm atraído a atenção de pesquisadores de várias áreas. No entanto, os artigos desta linha de pesquisa, muitas vezes, causam desinteresse no leitor não-especializado, porque estão mergulhados num mundo bioquímico de difícil entendimento. O objetivo do presente artigo é fornecer conceitos importantes a esses leitores, com a finalidade de desmistificar o tema.


O QUE É RADICAL LIVRE?
As camadas eletrônicas de um elemento químico são denominadas K, L, M e N, e seus subníveis, s, p, d, f. De maneira simples, o termo radical livre refere-se a átomo ou molécula altamente reativo, que contêm número ímpar de elétrons em sua última camada eletrônica1,2. É este não-emparelhamento de elétrons da última camada que confere alta reatividade a esses átomos ou moléculas.
Vamos acompanhar a formação de um radical livre, o superóxido (O2-.), que é derivado do oxigênio molecular (O2). O O2 é composto por dois elementos oxigênio (O), cujo número atômico é 8, sendo sua distribuição de életrons a seguinte:
K 1 s 2
L 2s2 2p4
Para formar o oxigênio molecular (O2), os dois elétrons solitários do subnível p de um elemento oxigênio fazem intercâmbio com os dois elétrons de outro elemento oxigênio, formando um composto estável com 12 elétrons na última camada (L). Assim:
K 1 s2
L 2s2 2p4
L 2s2 2p4
K 1 s2
É conveniente recordar que reações de redução implicam em ganho de elétrons, e as de oxidação, em perda. Portanto, quando no metabolismo normal ocorrer uma redução do oxigênio molecular (O2), este ganhará um elétron, formando o radical superóxido (O2-.), considerado instável por possuir número ímpar (13) de elétrons na última camada L. Assim, a configuração eletrônica do radical superóxido é a seguinte:
K 1 s2
L 2s2 2p5
L 2s2 2p4
K 1 s2
Compreendendo as etapas da formação de O2-., podemos verificar que os radicais livres são formados em um cenário de reações de óxido-redução, isto é, ou cedem o elétron solitário, oxidando-se, ou recebem outro, reduzindo-se. Portanto, os radicais livres ou provocam ou resultam dessas reações de óxido-redução.
Na verdade, radical livre não é o termo ideal para designar os agentes reativos patogênicos, pois alguns deles não apresentam elétrons desemparelhados em sua última camada. Como em sua maioria são derivados do metabolismo do O2, no decorrer deste texto utilizaremos o termo "espécies reativas do metabolismo do oxigênio" (ERMO) para referirmo-nos a eles.
ERMO são encontradas em todos os sistemas biológicos. Em condições fisiológicas do metabolismo celular aeróbio, o O2 sofre redução tetravalente, com aceitação de quatro elétrons, resultando na formação de H2O. Durante esse processo são formados intermediários reativos, como os radicais superóxido (O2-.), hidroperoxila (HO2.) e hidroxila (OH), e o peróxido de hidrogênio (H2O2). Normalmente, a redução completa do O2 ocorre na mitocôndria, e a reatividade das ERMO é neutralizada com a entrada dos quatro elétrons3.


Radical superóxido (O2-.) Pode ser escrito como O2-. ou O2- e é formado após a primeira redução do O2. O radical superóxido ocorre em quase todas as células aeróbicas e é produzido durante a ativação máxima de neutrófilos, monócitos, macrófagos e eosinófilos1,4. Apesar de ser considerado pouco reativo em soluções aquosas, tem sido observada lesão biológica secundária a sistemas geradores de O2-. (seja enzimático, fagocítico ou químico)1.
Radical hidroperoxila (HO2.)

Representa a forma protonada do radical superóxido, ou seja, possui o próton hidrogênio. Existem evidências de que o hidroperoxila é mais reativo que o superóxido, por sua maior facilidade em iniciar a destruição de membranas biológicas1.
Radical hidroxila (OH .)


É considerada a ERMO mais reativa em sistemas biológicos. A combinação extremamente rápida do OH. com metais ou outros radicais no próprio sítio onde foi produzido confirma sua alta reatividade. Assim, se o hidroxila for produzido próximo ao DNA e a este DNA estiver fixado um metal, poderão ocorrer modificações de bases purínicas e pirimidínicas, levando à inativação ou mutação do DNA. Além disso, o hidroxila pode inativar várias proteínas (enzimas e membrana celular), ao oxidar seus grupos sulfidrilas (-SH) a pontes dissulfeto (-SS). Também pode iniciar a oxidação dos ácidos graxos polinsaturados das membranas celulares (lipoperoxidação)4.
Peróxido de hidrogênio (H2O2)

Apesar de não ser um radical livre, pela ausência de elétrons desemparelhados na última camada, o H2O2 é um metabólito do oxigênio extremamente deletério, porque participa da reação que produz o OH. O H2O2 tem vida longa, é capaz de atravessar camadas lipídicas, pode reagir com a membrana eritrocitária e com proteínas ligadas ao Fe++5. Assim, é altamente tóxico para as células; esta toxicidade pode ser aumentada de dez para mil vezes quando em presença de ferro6, como ocorre, por exemplo, na hemocromatose transfusional.
Oxigênio singlet (1O2)

É forma excitada de oxigênio molecular e não possui elétrons desemparelhados em sua última camada. O 1O2 tem importância em certos eventos biológicos, mas poucas doenças foram relacionadas à sua presença1.


Embora as ERMO possam ser mediadoras de doenças, sua formação nem sempre é deletéria, como na defesa contra a infecção, quando a bactéria estimula os neutrófilos a produzirem espécies reativas com a finalidade de destruir o microorganismo7,8. Contudo, poderão ocorrer vários eventos nosológicos, se houver estímulo exagerado na produção dessas espécies, e a ele estiver associada uma falha da defesa antioxidante (ver quadro na página seguinte).

IMPORTÂNCIA DO ÍON FERRO NA FORMAÇÃO DAS ERMO
O estudo sobre os mecanismos de lesão oxidativa tem, progressivamente, confirmado a ação catalítica dos metais nas reações que levam a estas lesões. O papel dos metais na formação in vitro das ERMO é confirmado pelas reações de Fenton e de Haber-Weiss1,9,10. Embora o cobre possa também catalisar a reação de Haber-Weiss, o ferro é o metal pesado mais abundante no organismo e está biologicamente mais capacitado para catalisar as reações de oxidação de biomoléculas11. Como pode ser observado a seguir, nas reações de Fenton e de Haber-Weiss são formados diferentes tipos de ERMO:
Reação de Fenton:
Fe++ + O2 <————> Fe+++ + O2-.
2O2-. + 2H+ ————> O2 + H2O2
Fe++ + H2O2 ————> Fe+++ + OH- + OH.
É sugerido que no traumatismo craniencefálico ocorram ERMO por mecanismo tipo Fenton. A liberação do ferro intracelular, a baixa capacidade liquórica de ligação ferro-proteína e a deficiência de enzimas antioxidantes no sistema nervoso central ampliam os riscos de lesão induzida pelo trauma2. O papel do ferro neste tipo de agressão é demonstrado pela diminuição da degeneração cerebral pós-trauma em animais experimentais que recebem quelante de ferro. É possível que a quelação do ferro liberado após o trauma iniba a formação de ERMO catalisadas por este metal1.
Reação de Haber-Weiss:
Fe+++ + O2-. <———-> Fe++ + O2
Fe++ + H2O2 ————> Fe+++ + OH- + OH.
O2-. + H2O2 ————> O2 + OH- + OH-
Experimentos in vivo sugerem que a síndrome da reperfusão pós-isquemia, em corações de ratos submetidos à sobrecarga de Fe+++, possa estar relacionada à produção de ERMO via reação de Haber-Weiss. Nesta situação, após a reperfusão, ocorre decréscimo da contratilidade miocárdica sem que se observe lesão tissular importante. Foi sugerido que o excesso de Fe+++, catalisando a reação de Haber-Weiss, promova o acúmulo de ERMO, dentre elas o OH.. O excesso de Fe+++ e, conseqüentemente, de OH. estimula a lipoperoxidação de membranas, responsável pela diminuição da contratilidade miocárdica12.
Lesões teciduais associadas a sangramentos também podem liberar hemoglobina (Hb) e ferro, favorecendo reações oxirredutoras, como nos tumores e na artrite reumatóide, quando o ferro é liberado da Hb após microssangramentos1.
LIPOPEROXIDAÇÃO
Todos os componentes celulares são suscetíveis à ação das ERMO, porém a membrana é um dos mais atingidos em decorrência da peroxidação lipídica, que acarreta alterações na estrutura e na permeabilidade das membranas celulares13. Conseqüentemente, há perda da seletividade na troca iônica e liberação do conteúdo de organelas, como as enzimas hidrolíticas dos lisossomas, e formação de produtos citotóxicos (como o malonaldeído), culminando com a morte celular14. A lipoperoxidação também pode estar associada aos mecanismos de envelhecimento, de câncer e à exacerbação da toxicidade de xenobióticos15. Assim como na formação das ERMO, nem sempre os processos de lipoperoxidação são prejudiciais, pois seus produtos são importantes na reação em cascata a partir do ácido aracdônico (formação de prostaglandinas) e, portanto, na resposta inflamatória1. Todavia, o excesso de tais produtos pode ser lesivo16.
A lipoperoxidação é uma reação em cadeia, representada pelas etapas de iniciação, propagação e terminação. Estas etapas estão apresentadas nas reações seguintes, onde L representa o lipídio17:
LH + OH. (ou LO.) ———> L.+ H2O (ou LOH) Iniciação
L. + O2 ———> LOO. Propagação
LH + LOO.. ———> L.+ LOOH Propagação
LOO. + L. ———> LOOL Terminação
LOO. + LOO. ———> LOOL + O2 Terminação
A reação acima inicia-se com o seqüestro do hidrogênio do ácido graxo polinsaturado (LH) da membrana celular. Tal seqüestro pode ser realizado pelo OH. ou pelo LO. (radical alcoxila), com conseqüente formação do L. (radical lipídico). Na primeira equação de propagação, o L. reage rapidamente com o O2, resultando em LOO. (radical peroxila), que, por sua vez, seqüestra novo hidrogênio do ácido graxo polinsaturado, formando novamente o L. na segunda equação de propagação. O término da lipoperoxidação ocorre quando os radicais (L. e LOO.) produzidos nas etapas anteriores propagam-se até destruirem-se a si próprios.
A lipoperoxidação pode ser catalisada por íons ferro, por conversão de hidroperóxidos lipídicos (LOOH) em radicais altamente reativos (alcoxila, LO. e peroxila, LOO.), que, por sua vez, iniciam nova cadeia de reações, denominada ramificação. Essas reações, que podem ser rápidas ou lentas, dependem da valência do ferro18, a saber:
LOOH + Fe++ —rápida—> LO. + OH. + Fe+++
LOOH + Fe+++ —lenta——> LOO. + H+ + Fe++
O radical hidroxila (OH.) é freqüentemente reconhecido como a espécie iniciadora e a mais importante da lipoperoxidação10. Entretanto, estudos recentes indicam que o ferro também desempenha papel determinante na iniciação deste processo, sendo necessária uma relação equimolar Fe+++ : Fe++ no meio, para que ocorra a lipoperoxidação19,20.
SISTEMAS DE DEFESA ANTIOXIDANTE
Em sistemas aeróbicos, é essencial o equilíbrio entre agentes óxido-redutores (como as ERMO) e o sistema de defesa antioxidante.
Como vimos, esses agentes são gerados endogenamente como conseqüência direta do metabolismo do O2 e também em situações não-fisiológicas, como a exposição da célula a xenobióticos que provocam a redução incompleta de O216. Para proteger-se, a célula possui um sistema de defesa que pode atuar em duas linhas. Uma delas atua como detoxificadora do agente antes que ele cause lesão. Esta linha é constituída por glutationa reduzida (GSH), superóxido-dismutase (SOD), catalase, glutationa-peroxidase (GSH-Px) e vitamina E. A outra linha de defesa tem a função de reparar a lesão ocorrida, sendo constituída pelo ácido ascórbico, pela glutationa-redutase (GSH-Rd) e pela GSH-Px, entre outros. Com exceção da vitamina E (a-tocoferol), que é um antioxidante estrutural da membrana, a maior parte dos agentes antioxidantes está no meio intracelular16, 21.

Existem várias evidências da atividade protetora dos componentes do sistema antioxidante. As lesões de reperfusão pós-isquemia de coração, rim, fígado e intestino são prevenidas por SOD, catalase ou allopurinol, sendo este último um bloqueador da produção de O2-., pela via da xantina-oxidase15. Glutationa reduzida (GSH)
A glutationa reduzida (GSH, L-g-glutamil-L-cisteinil-glicina) está presente na maioria das células e é o tiol (-SH) mais abundante no meio intracelular22. Sua capacidade redutora é determinada pelo grupamento -SH, presente na cisteína. A GSH pode ser considerada um dos agentes mais importantes do sistema de defesa antioxidante da célula, protegendo-a contra a lesão resultante da exposição a agentes como íons ferro23, oxigênio hiperbárico, ozona, radiação e luz ultravioleta24. Além disto, diminui a suscetibilidade à lesão renal decorrente da isquemia e reperfusão15; atua como transportadora e reservatório da cisteína e participa da detoxificação de agentes químicos e da eliminação de produtos da lipoperoxidação. Ainda, é requerida para a síntese de DNA, de proteínas e de algumas prostaglandinas24.

O poder antioxidante da GSH foi demonstrado pelo aumento da sobrevida de 90% de ratos submetidos à hiperoxia e tratados com instilação de eritrócitos na traquéia. Este resultado foi atribuído à GSH intra-eritrocitária, que protege contra o "pulmão de choque" induzido pelo estresse oxidativo resultante da hiperoxia25. Quando comparado ao grupo controle, o nível de GSH está aumentado em pacientes com diabetes melito tipo II tratados com sufoniluréia; é possível que isto se relacione com a disponibilidade de grupamentos -SH presentes no medicamento26.

Glutationa-redutase (GSH-Rd)
Após exposição da GSH ao agente oxidante, ocorre sua oxidação a GSSG21. A recuperação da GSH é feita pela enzima GSH-Rd, uma etapa essencial para manter íntegro o sistema de proteção celular27. Habitualmente, a reserva intracelular de GSH-Rd é alta e somente uma grave deficiência desta enzima resultará em sinais clínicos28. A GSH-Rd é uma flavoproteína dependente da nicotinamida-adenina-dinucleotídeo-fosfato reduzida (NADPH) e, portanto, também dependente da integridade da via das pentoses16. Sob condições de diminuição do fornecimento de NADPH, como no jejum e na deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD), há prejuízo da função da GSH-Rd15.


Glutationa-peroxidase (GSH-Px)
A GSH-Px catalisa a redução do peróxido de hidrogênio (H2O2) e peróxidos orgânicos para seus correspondentes alcoóis às custas da conversão da GSH a GSSG15 . Embora a GSH-Px tenha ação fundamentalmente citosólica, in vitro ela é capaz de reduzir hidroperóxidos de membrana21.
Em modelo de hemocromatose experimental foi demonstrada redução de 36% na atividade da GSH-Px em fígado de ratos29.
Catalase
A catalase é uma hemeproteína citoplasmática que catalisa a redução do H2O2 a H2O e O2. É encontrada no sangue, medula óssea, mucosas, rim e fígado30. Sua atividade é dependente de NADPH5.
A suplementação de catalase exógena previne a oxidação da GSH mediada pelo H2O2, em eritrócitos humanos normais5, e também inibe as lesões oxidativas do DNA de timo de carneiros submetidos à sobrecarga de Fe+++31. Em modelo de estresse oxidativo decorrente de agressão térmica, os eritrócitos exibem diminuição da atividade da catalase durante o processo hemolítico termodependente8.
Superóxido-dismutase (SOD)
A SOD corresponde a uma família de enzimas com diferentes grupos prostéticos em sua composição. Nos sistemas eucariontes existem duas formas de SOD. A forma SOD-cobre-zinco está presente principalmente no citosol, enquanto que SOD-manganês está localizada primariamente na mitocôndria. Esta enzima também tem papel antioxidante, já que catalisa a dismutação do radical superóxido em H2O2 e O2, na presença do próton H+16,32.
Durante o processo hemolítico decorrente de agressão térmica, os glóbulos vermelhos humanos8 e bovinos33 exibem queda da atividade SOD. A adição desta enzima também protege o DNA de lesões provocadas pela sobrecarga de Fe+++31.
Além dos antioxidantes citados, a vitamina E confere proteção à membrana celular por atuar como quelante dos oxidantes produzidos durante a lipoperoxidação. É um importante antioxidante lipofílico, mas esta função poderá estar limitada em situações de sobrecarga de ferro. O b-caroteno interage com as ERMO especialmente quando ocorrem baixas tensões de O2, enquanto que a vitamina E se mostra mais eficiente quando há altas tensões de O2 no meio. A vitamina C, ou ascorbato, é um antioxidante hidrossolúvel que pode neutralizar diretamente as ERMO; porém, pode funcionar como pró-oxidante quando em dose elevada, ou quando exposta a metal, levando à lipoperoxidação16,21.
Ao lado dos antioxidantes vitamínicos disponíveis em medicamentos, destacam-se também os derivados tióis, entre eles a N-acetilcisteína e mercaptopropionilglicina (MGP). Tais derivados são antioxidantes sintéticos que contêm o grupo -SH em sua composição. A capacidade antioxidante da N-acetilcisteína foi demonstrada pela melhora da complacência pulmonar, mas não da sobrevida, de pacientes com síndrome da angústia respiratória do adulto (SARA) que receberam a droga endovenosa34,35. E pelo aumento da taxa de sobrevivência de retalhos de pele de ratos submetidos à isquemia do pedículo vascular após administração endovenosa de MGP36.

ESTRESSE OXIDATIVO
Na inativação de um agente oxidante ocorre produção de GSSG e depleção de GSH. Em situações em que o sistema de óxido-redução está íntegro, haverá recuperação da GSH. Entretanto, sob condições de excesso de agentes oxidantes e/ou deficiência do sistema protetor, haverá desequilíbrio entre o consumo de GSH e a produção de GSSG, o que caracteriza o estresse oxidativo15,27,37. Assim, a magnitude do estresse oxidativo pode ser monitorada pela razão GSSG/GSH. Em pulmões de ratos submetidos à hiperoxia por 48 horas, esta razão está significantemente aumentada, quando comparada a de grupo controle não exposto38.
O excesso de GSSG resulta em ambiente mais oxidante, que favorece a formação de pontes dissulfeto (-SS-) nas proteínas portadoras de grupamento tiol (-SH). As pontes dissulfeto oxidam estas proteínas, com prejuízo de suas funções. Esta oxidação é reversível às custas da ação de compostos antioxidantes, como a GSH27.
Utilizando-se o eritrócito como célula-alvo, descreveremos, a seguir, o fenômeno de estresse oxidativo.
A membrana do glóbulo vermelho contém grande número de grupos -SH, e os agentes oxidantes podem converter estes grupos tióis (R-SH) em componentes dissulfeto (R-SSG), levando à desnaturação das proteínas da membrana27. Neste processo, pode ocorrer lesão intracelular, com oxidação da hemoglobina (Hb) à Meta-Hb, que precipita e forma os corpúsculos de Heinz39,40.
O componente lipídico da membrana eritrocitária está também sujeito à agressão oxidativa. Os produtos desta lipoperoxidação podem induzir o estresse oxidativo intracelular41.
A associação dos fenômenos lipoperoxidação, formação de corpúsculos de Heinz e oxidação dos grupos -SH poderão promover a lesão da membrana do glóbulo vermelho. Se a eficiência do sistema antioxidante for superada pela magnitude destes fenômenos, ocorrerá o estresse oxidativo, que culminará em hemólise. A esquematiza a relação destes processos, considerando o ferro como o agente agressor oxidante e o eritrócito como célula-alvo. No entanto, é possível generalizar este padrão de agressão e defesa celular antioxidante para grande parte dos tecidos do organismo.


DOENÇAS ASSOCIADAS À ERMO
Existem evidências de que as ERMO possam estar envolvidas em mais de 50 doenças ou eventos nosológicos. Além das já citadas, as doenças pulmonares associadas às ERMO são: enfisema, displasia broncopulmonar, pneumoconiose, toxicidade por bleomicina, paraquat, butilidroxitolueno, fibras minerais e fumo, asma e SARA42,43. Nesta última síndrome, a origem das ERMO parece estar relacionada à ativação neutrofílica pelo complemento44. Está bem documentado que, após a chegada dos neutrófilos no interstício pulmonar, a ativação destas células gera radical superóxido, que lesa diretamente a membrana das células intersticiais e do endotélio. Como conseqüência, ocorre lesão tissular progressiva, pois o neutrófilo ativado também libera enzimas proteolíticas que degradam a elastina do arcabouço pulmonar45. A gravidade da SARA secundária à hiperoxia depende do grau e do tempo da exposição ao O2. Assim, mamíferos inalando 100% O2, com pressão parcial arterial de O2 em torno de 500mmHg, apresentam lesão pulmonar caracterizada por edema, atelectasia, depósitos de fibrina com formação de membrana hialina exsudação celular, enrijecimento arteriolar e hiperplasia e hipertrofia alveolares. Há fortes indícios de que a formação do edema pulmonar seja resultante da produção exagerada de peróxido de hidrogênio, radical hidroxil e superóxido pelo neutrófilo43.

O envelhecimento também é um evento que pode estar relacionado com as ERMO. A teoria dos radicais de oxigênio, desenvolvida por Harman (1956), propunha que o envelhecimento poderia ser secundário ao estresse oxidativo, que levaria a reações de oxidação lipídica, protéica, e com o DNA, que desencadeariam alterações lentas e progressivas dos tecidos e do código genético. A pergunta chave atual é se este estresse oxidativo tem um peso tão importante, a ponto de explicar o fenômeno do envelhecimento. Não há até o momento evidências consistentes que respondam esta pergunta46.

Os estudos dos últimos anos demonstram um comportamento heterogêneo do sistema de defesa antioxidante em relação ao envelhecimento. Ou seja, ao contrário do esperado, não se observa, necessariamente, deficiência do sistema conforme a espécie envelhece47-52. Um estudo clínico realizado por nosso grupo comparou jovens de 30 anos e idosos de 69 anos em média, ambos sadios. Os resultados mostram que os idosos apresentam níveis menores de GSH e diminuição da atividade de GSH-Rd e GSH-Px eritrocitários em relação aos jovens. No mesmo estudo, foi analisado outro grupo de idosos portadores de diabetes melito tipo II tratados com sulfoniluréia, medicamento oral composto por grupos -SH em sua estrutura. Este grupo apresentou maior nível GSH e maior atividade de GSH-Rd e GSH-Px, em relação ao grupo de idosos sadios. Estas observações sugerem que a doença ou o tratamento podem estimular o sistema antioxidante eritrocitário em idosos26. Outro estudo que relacionou envelhecimento com o sistema de defesa em eritrócitos mostrou que não há consumo de vitamina A e E com o aumento da idade de indivíduos saudáveis53. Entretanto, pode haver diminuição do nível muscular de vitamina E após exercício físico em idosos54.

Outras doenças freqüentes na velhice e já consagradas como conseqüentes ao estresse oxidativo são a doença de Parkinson, o acidente vascular cerebral, a doença de Alzheimer, a esclerose múltipla e catarata. Aqui cabem novas perguntas: o envelhecimento pode ser considerado causa ou conseqüência destas doenças? Ou o envelhecimento poderia ser apenas um evento acompanhante destas doenças?46.

A origem da aterosclerose é incerta, porém a teoria corrente é que o início da lesão seja no endotélio por mecanismo hemodinâmico. Nesta lesão há afluxo de macrófagos; quando ativados, liberam radicais superóxido, peróxido de hidrogênio e enzimas hidrolíticas. Estes produtos, além de lesar células vizinhas, estimulam a proliferação de músculo liso subendotelial. A lesão pode ser exacerbada pela fumaça do cigarro que, por ser rica em ferro, catalisa a oxidação de lipoproteínas de baixa densidade (LDL). Tal oxidação estimula a internalização de colesterol nos macrófagos, os quais, conseqüentemente, se convertem em células espumosas, contribuindo para a formação da placa de ateroma1.


DETECÇÃO LABORATORIAL DAS LESÕES OXIDATIVAS
A detecção direta das ERMO em sistemas biológicos é dificultada por suas concentrações extremamente baixas (da ordem de 10-11M) e por suas altas velocidades de reação, chegando ao ponto de as taxas de produção serem iguais às taxas de reação com biomoléculas7. Os subprodutos das ERMO podem ser aferidos diretamente por técnica de ressonância paramagnética de elétrons, porém o custo e outras limitações desta avaliação dificultam seu uso rotineiro.

Os métodos mais utilizados para aferição indireta das ERMO e, conseqüentemente, das lesões oxidativas são os espectrofotométricos e cromatométricos, que medem a atividade enzimática (SOD, catalase, GSH-Px e GSH-Rd) e/ou a concentração de tripeptídeos (GSH, GSSG) e aldeídos (MDA). Estas medidas podem ser realizadas em tecidos, sangue e outros fluidos. A lipoperoxidação de membranas é habitualmente monitorada pelo método do MDA (malonaldeído) e o estresse oxidativo, por dosagens de GSSG e/ou pelo cálculo da razão GSSG/GSH.
Para finalizar, devemos salientar que as ERMO podem ser causa ou conseqüência de doenças humanas associadas ao estresse oxidativo. Por isso, antioxidantes naturais e sintéticos têm sido recomendados para o alívio dos sinais e sintomas destas doenças e, mesmo, para bloquear sua evolução. No entanto, muito deve ser investigado acerca do benefício dos antioxidantes exógenos. É imperativo determinar o momento exato, a dose, a via de administração e qual o antioxidante ideal para cada doença. Até o momento não existem estudos que respondam com segurança estas indagações. Portanto, a utilização indiscriminada de medicamentos que contenham anti-oxidantes exógenos deve ser criteriosamente avaliada na terapêutica de doenças associadas ao estresse oxidativo.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Halliwell B, Gutteridge JMC. Role of free radicals and catalytic metal ions in human disease: an overview. Methods Enzymol 1990; 186: 1-85. [ Medline ]
2. Halliwell B. Reactive oxygen species and the central nervous system. J Neurochem 1992; 59: 1.609-23.
3. Cohen MV. Free radicals in ischemic and reperfusion myocardial injury: is this time for clinical trials? Ann Intern Med 1989; 111: 918-31. [ Medline ]
4. Halliwell B, Gutteridge JMC. Oxygen free radicals and iron in relation to biology and medicine: some problems and concepts. Arch Biochem Biophys 1986; 246: 501-14. [ Medline ]
5. Scott MD, Lubin BH, Zuo L, Kuypers FA. Erythrocyte defense against hydrogen peroxide: preeminent importance of catalase. J Lab Clin Med 1991; 118: 7-16. [ Medline ]
6. Eaton JW. Catalases and peroxidases and glutathione and hydrogen peroxide: mysteries of the bestiary (editorial; comment). J Lab Clin Med 1991; 118: 3-4. [ Medline ]
7. Floyd RA. Role of oxygen free radicals in carcinogenesis and brain ischemia. FASEB J 1990; 4: 2.587-97.
8. Hatherill JR, Till GO, Ward PA. Mechanisms of oxidant-induced changes in erythrocytes. Agents-Actions 1991; 32: 351-8.
9. Dunford HB. Free radicals in iron-containing systems. Free Radic Biol Med 1987; 3: 405-21. [ Medline ]
10. Gutteridge JMC. Lipid peroxidation: some problems and concepts. In Halliwell B (ed): Oxygen radicals and tissue injury. Proceedings of a Brook Lodge Symposium; 1987 Apr 27-29; Bethesda (MLD): Upjohn/Federation of American Societies for Experimental Biology, 1988; 9-19.
11. Aust SD, Miller DM. Role of iron in oxygen radical generation and reactions. In Probst GS, Vodicnik MJ, Dorato MA (eds): New horizons in molecular toxicology: a symposium. Lilly Research Laboratories Simposium/Molecular Toxycology 1991; May, 29-34.
12. van der Kraaij AMM, Mostert LJ, van Eijk HG, Koster JF. Iron-load increases the susceptibility of rat hearts to oxygen reperfusion damage. Circulation 1988; 78: 442-9. [ Medline ]
13. Mello Filho AC, Hoffman ME, Meneghini R. Cell killing and DNA damage by hydrogen peroxide are mediated by intracellular iron. Biochem J 1983; 218: 273-5.
14. Hershko C. Mechanism of iron toxicity and its possible role in red cell membrane damage. Semin Hematol 1989; 26: 277-85. [ Medline ]
15. Shan X, Aw TY, Jones DP. Glutathione-dependent protection against oxidative injury. Pharmacol Ther 1990; 47: 61-71. [ Medline ]
16. Ross D, Moldeus P. Antioxidant defense systems and oxidative stress. In Vigo-Pelfrey C (ed): Membrane lipid oxidation. 1th ed. Boca Raton, CRC Press, 1991;151-70.
17. Gardès-Albert M, Jore D, Ferradini C. Membrane lipid peroxidation: pulse and g-radiolysis in oxyradical research. In Vigo-Pelfrey C (ed): Membrane lipid oxidation. 1th ed. Santa Clara, CRC Press, 1991; 2-30.

Dicas de Beleza - 01






Magna Cabeleireira

Parceira do Espaço Estético




Dicas para Manter os Cabelos Saudáveis:



  • Vá a cabeleireira para que ela possa fazer a analise do tipo de cabelo e indicar os melhores produtos para seus fios.

Alimentação saudável e diversificada, intensificando a quantidade de Vitamina A.

Tomar bastante líquido para manter os fios hidratados.

Corte as pontas do cabelo a cada três meses.

Vá ao salão hidratar 1x por mês.

Proteja os cabelos do sol. Use chapéu e hidratantes com protetores solares.

Ao lavar os cabelos, evite a água quente, que abre a cutícula dos fios e provoca ressecamento.

No lugar do condicionador, use máscaras capilares para manter os cabelos sempre hidratados.

Procure usar xampu sem sal e com pH neutro.

Uma vez por semana, use xampu anti-resíduos para fazer uma limpeza profunda.

Para não quebrar os fios, evite dormir com os cabelos molhados.

Para quem tem os cabelos crespos e quer diminuir o volume, a dica é aplicar produtos do tipo leave-in (que não precisam de enxágüe).

Cabelos oleosos: lavar diariamente para retirar o excesso de sebo e evitar a queda.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Reeducação Alimentar















Diga não às Dietas
e sim a reeducação alimentar !!!

Um corpo belo e esbelto é, hoje em dia , o objetivo de muita gente.Sem duvida alguma, as pessoas magras tem menos doenças e vivem mais tempo do que as que tem excesso de peso.As imprudentes dietas ditadas pela moda falham quase sempre.

Por isso, emagrecer de maneira natural é a melhor e mais segura alternativa hoje!!

Dieta da sopa, das proteínas ,dos carboidratos etc. A lista de tortura dietética é imensa. A cada dia surgem mais opções para fazer você passar fome e ficar semanas de mau humor. E o que têm em comum essas dietas? Três coisas: se você as seguir ao pé da letra o que é muito difícil, perderá quilos rapidamente; elas se espalham com rapidez com o boca a boca; e são incompatíveis com a alimentação normal e diária.

Desde as dietas de elevado teor de proteínas as de baixo teor de gorduras, das dietas das fibras ou de um só alimento até combinações estranhas e refeições de leite batido. As pessoas que querem perder peso seguem uma multiplicidade de conselhos confusos.

Na maior parte dos casos esses conselhos são inofensivos- muitos são tão impraticáveis ou anti-sociais que ninguém consegue segui-los durante muito tempo-, mas, em alguns casos, podem ser perigosos para a saúde ou até levar a pessoa a aumentar o peso.

Felizmente , emagrecer não implica seguir as dietas da moda ou os padrões absurdos de alimentação. Com uma alimentação equilibrada de alimentos naturais, pobre em gorduras e açúcar , a maior parte das pessoas consegue perder peso com segurança e de maneira simples, estabelecendo padrões saudáveis de alimentação para a vida inteira.

Deixe de destruir o metabolismo e aposte em perder peso de forma saudável, natural e sem fome. Você só tem que se educar ( mudar hábitos alimentares) para aprender a comer bem e riscar DIETA de seu vocabulário para sempre!!
O novo conceito de saúde e bem estar!

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Celulite (FEG)




Celulite:

Inicialmente para conhecer o processo de formação da celulite precisamos ser apresentados ao lipócito, que é a célula de gordura. O lipócito é uma célula que apresenta pequenos vacúolos de gordura distribuídos pelo seu interior. Estes vacúolos são quem recebe o excesso de gordura da alimentação . Com o progressivo aumento da deposição de gordura nos vacúolos, eles vão se aproximando um do outro, e acabam se juntando , aparecendo então um grande vacúolo que ocupa quase toda a célula. Com a deposição de gordura , a célula fica toda aumenta de tamanho . O tecido gorduroso, que fica embaixo da pele é formado por um grande número de lipócitos. Entre os lipócitos correm os vasos , as artérias que trazem o sangue , oxigênio e nutrientes, e as veias e linfáticos que transportam o sangue e os produtos do metabolismo de volta para a circulação num processo contínuo. A quantidade de lipócitos é diferente nas pessoas com tendência à serem magras , que tem menos e nas pessoas com tendência à serem obesas que tem mais . No tecido gorduroso existem também as fibras, que separam os grupos de lipócitos . É por causa das características destas fibras que as mulheres desenvolvem celulite e os homens não. Nas mulheres as fibras são finas e perpendiculares a pele , ligando a pele ao tecido muscular, mais profundo. Nos homens as fibras são mais grossas e se ligam à musculatura de forma oblíqua. Quando aumenta o tamanho do tecido gorduroso na mulher por causa da acumulação de gordura , este tecido se expande em direção à pele e quando o mesmo acontece no homem , as fibras resistem à expansão em direção à pele e dirigem o tecido gorduroso em direção `a profundidade, não aparecendo assim as irregularidades da celulite.
O tecido gorduroso aumentado , comprime as veias e linfáticos passando à existir então um edema ( inchaço) que aumenta ainda mais o volume do tecido , piorando o processo de celulite. O hormônio feminino dirige mais gordura para regiões preferenciais como o quadril, e alteram a parede das microveias, piorando mais as condições circulatórias e agravando a celulite, em um ciclo vicioso que agora se inicia, e se não tratado tende à perpetuar. Os estágios de celulite vão acontecendo, desde celulite estágio I quando existe apenas um aumento de volume das células, com um pequeno edema, até estágios mais avançados, onde ocorre uma completa desorganização do tecido gorduroso com aparecimento de nódulos e depressões ( buraquinhos).

Estágios da Celulite:
A celulite se apresenta em quatro estágios de evolução.
Condição Normal:
Na condição normal o tecido gorduroso é ricamente irrigado, as células gordurosas são de tamanho e formas normais. Os vasos são eficientes e tem formato normal. Não existe edema e a Termografia é normal.


Celulite Estágio 1:
Acontece um aumento de volume das células do tecido gorduroso na região afetada ocasionado por acúmulo de gordura dentro da célula. Não existe alteração circulatória e dos tecidos de sustentação, apenas uma discreta dilatação das pequenas veias do tecido gorduroso. Não há sinais visíveis na pele e nem dor. Na termografia pode aparecer o aspecto chamado “Moucheté” que representa aumento de temperatura provocada por edema e hiperpermeabilidade dos capilares sangüíneos.
Nesse estágio o principal procedimento é tratar com Exercícios, com Nutricionista (Reeducação Alimentar), e Esteticista(programa de tratamento para celulite). A recuperação neste caso é muito boa dependendo do organismo de cada pessoa.

Celulite Estágio II :
As células gordurosas ficam um pouco mais cheias de gordura, e as que ficam na parte mais profunda começam a sofrer o mesmo processo. Já aparece um certo grau de fibrose, que se piorar, começa à formar micronódulos na fase seguinte. O aumento do volume das células provoca alteração circulatória por provocar a compressão das microveias e vasos linfáticos. O sangue e a linfa (líquido aquoso que banha as células) ficam represados. Ocorre então um maior “inchaço” das células gordurosas e detritos tóxicos, que deveriam ser eliminados, começam a ficar acumulados. Na pele já é possível se observar irregularidades à palpação e ainda não existe dor. Na termografia o aspecto “Moucheté” é mais característico aparecendo edema e estase sangüínea demonstrados por áreas de temperatura aumentada.
Neste estágio o tratamento é necessário em conjunto com o Dermatologista (com o uso de Mesoterapia), Nutricionista(Reeducação Alimentar) e Esteticista (com Ultra-som, cosméticos e Drenagem linfática) além dos Exercícios físicos. Os resultados são bons, se houver adesão ao tratamento pode-se chegar a regressão do quadro para o grau 1. (dependendo do organismo de cada pessoa.)

Celulite Estágio III:
As células continuam aumentando de volume por causa da contínua aquisição de gordura. Ocorre uma desordenação do tecido e aparecimento dos nódulos que apesar de mais profundos, são vistos como irregularidades na superfície da pele, mesmo sem palpação. Começa a existir uma fibrose, que é o endurecimento do tecido de sustentação ( onde estão as fibras) e a circulação fica ainda mais comprometida . Pode aparecer os vasinhos e microvarizes. A pele tem o aspecto parecido com “Casca de Laranja” . Ocorre a sensação de peso e cansaço nas pernas (Deve-se lembrar que a celulite é basicamente um problema circulatório, e nesse estágio a circulação no tecido gorduroso já está com problemas). Na termografia aparece o aspecto de “Pelle di Leopardo” que é a presença de inúmeras manchas termográficas, denotando a desorganização do tecido, com várias temperaturas e a presença de edema e estase venosa.
O tratamento é realizado da mesma forma que no estágio II , mas são necessárias muito mais sessões e a regressão para grau II e I é mais difícil e mais lenta , mas Ocorre uma sensível melhora, dependendo do organismo de cada pessoa.



Celulite Estágio IV :
O inchaço desordenado das células gordurosas é acentuado, o tecido de sustentação se torna mais endurecido ( fibroesclerose) e a circulação de retorno está muito comprometida. Nesse estágio, a celulite é dura e a pele fica “lustrosa”, cheia de depressões, com aspecto acolchoado. As pernas ficam pesadas, inchadas , doloridas e a sensação de cansaço está freqüentemente presente, mesmo sem esforço. Na termografia aparecem os aspectos anteriores já descritos e surgem os “Black Holes”, ou “Buracos Negros”, que são regiões de circulação diminuída, representando uma coalizão de vários micronódulos em macronódulos e a presença de significativa fibrose.
Nesse estágio o tratamento, é em conjunto com o médico Dermatologista(com o uso de Mesoterapia), Nutricionista(Reeducação Alimentar) e esteticista (Ultra-som, cosméticos e Drenagem linfática) além dos Exercícios físicos. é demorado, mesmo assim , pode-se esperar uma melhora parcial. Eventualmente pode ser necessário associar o tratamento cirúrgico com o medico Cirurgião Plástico , com Subcisão e Lipoescultura, principalmente se houver gordura localizada bem estabelecida e depressões no tecido gorduroso importantes.
Com essas informações fica claro que quanto mais cedo iniciar, melhor é o resultado do tratamento da celulite.

Localização da Celulite:
A celulite pode se localizar em várias regiões do corpo. Existe uma predileção pela região glútea, a região lateral da coxa, a face interna e posterior da coxa, o abdômen, a nuca, a parte posterior e lateral dos braços e a face interna dos joelhos. mas em pessoas predispostas pode atingir até mesmo os tornozelos.

Fatores que Favorecem o Aparecimento de Celulite:
A herança genética é muito importante na celulite e tem que ser levada em conta. Pode-se herdar diferentes tipos de fatores que predispõe à ela. ( produção de hormônios, tipo constitucional e até hábitos alimentares). mas isso não significa que você vai obrigatoriamente desenvolver o problema. Vamos supor que duas irmãs gêmeas idênticas, com predisposição genética para celulite, sejam criadas por famílias diferentes. Uma família se preocupa em manter uma alimentação saudável e em fazer exercícios físicos regulares. A outra não dá importância para esses cuidados. A primeira gêmea tem probabilidade muito menor de desenvolver celulite. Uma pessoa com tendência hereditária para desenvolver celulite, que tenha vida sedentária e hábitos alimentares descuidados pode ter até mais celulite do que outra com tendência maior, mas que se cuida.

Fatores hormonais e celulite:
Os hormônios femininos mesmo normais tem um papel importante no aparecimento da celulite. São os hormônios femininos que determinam onde a gordura será depositada na mulher, é ele que dá a característica ginóide que favorece a deposição de gordura no quadril e na coxa. O hormônio feminino também tem uma forte e importante ação na parede das veias, facilitando a formação de edema ( inchaço) . O hormônio também tem um papel na retenção de líquidos que ocorre no final do ciclo menstrual e que pode ter um papel no aparecimento da celulite. Podemos dizer que a celulite depende da deposição de gordura, da ação dos hormônios e das alterações das veias e linfáticos. O papel dos hormônios é determinante e muito forte, isso é comprovado pelo fato de a celulite começar a aparecer na adolescência, quando os hormônios femininos passam à ser secretados pelo organismo.

Alimentação e celulite:
Comer mais que o necessário, assim como dietas ricas em gorduras ou carbohidratos ou maus hábitos alimentares( Ex: comer muito à noite e não comer de dia) aumentam a síntese e o armazenamento de gorduras, favorecendo a celulite. Tomar pouca água e abusar do sal dificulta a troca de líquidos do organismo favorecendo a retenção de resíduos tóxicos do metabolismo celular ( as células funcionam como uma fábrica que produz várias coisas úteis, mas esse trabalho todo produz um lixo- resíduo tóxico- que precisa ser retirado constantemente).

Vida Sedentária:
A falta de exercícios físicos diminui muito o consumo de energia pelo corpo o que facilita as sobras alimentares que serão transformadas em gordura. Além disso as células perdem a capacidade de produzir energia levando o organismo todo à ser mais apático, devagar. A vida das mulheres de antigamente não tinha as facilidades que existem hoje como transporte fácil, eletrodomésticos, água encanada, etc. Uma mulher há não muitos anos atrás tinha afazeres domésticos que provocavam muito mais exercícios do que hoje, como tirar água do poço, ou andar para fazer sua obrigações, por exemplo. As facilidades modernas tornam obrigatória a realização de alguma atividade física para evitar o sedentarismo que é muito prejudicial para a saúde como um todo e não só para a harmonia corporal.